Foi apenas uma questão de tempo para M. Night Shyamalan
brilhar no mais novo terror ‘A Visita’.
Conhecido dos ótimos ‘O Sexto Sentido’ e ‘Corpo Fechado’, Shyamalan
voltou a conquistar não apenas seus fãs mais sim confirmando que tem idéias
interessantes a oferecer. O cineasta dessa vez não foge do convencional nos
filmes de terror ao comandar ao estilo found footage para entregar realidade a
trama, mas surpreende ao incluir um elemento inimaginável neste gênero; a
comédia.
Os
irmãos Becca (Olivia DeJonge) e Tyler (Ed Oxenbould) de 17 e 13 anos,
respectivamente são mandados pela mãe para passar as férias com seus avós, que
nunca conheceram. Tyler, a criança que sonha em ser rapper e Becca, candidata a
cineasta resolve gravar a visita e não demora muito para as crianças
descobrirem atitudes bizarras acontecendo com os idosos.
Se
uma palavra resume perfeitamente o filme é: bizarro. Com um ritmo maçante no
inicio, iniciando com diálogos tolos e brincadeiras infantis, a câmera filmada
pelos protagonistas recorrendo para dialogar com o espectador e proporcionando
um ar de realidade a trama desde a chegada da casa dos avós, serve mais para o
publico baixar a cabeça como reprovação e questionar – esse filme é de terror
mesmo? À medida que os dias se passam na remota fazenda dos avós, o bizarro
toma conta do filme. Não um bizarro desagradável e, sim muito pelo contrario da
maneira quando a história transcorre.
Sem
aquela tensão mostrada no trailer, o terror é mais contemplativo, recheado de
splatter, mais próximo de um suspense psicológico e o resultado é incrível.
Shyamalan brincou com o terror, desde a escolha dos dialetos (quando Tyler
substitui palavrões por nomes de cantoras famosas) a situação de como trabalha
os sustos e as excêntricas expressões corporais. A conclusão é simples, o humor tem êxito - a
quebra da tensão funciona quase sempre e a esquisitice deixa dúvidas na cabeça
do espectador do que esperar em cada cena (como a do fogão). Com atuações convincentes,
Deanna Dunagan está incrivelmente sinistra e o diretor soube usar personagens
infantis no caso de Oxenbould e DeJonge, coisa que muito filmes de terror não
consegue. ‘A Visita’ também abusa dos
clichês como em todo filme de terror (andar a noite no sótão ou brincar em locais
claustrofóbicos), mas tem seus momentos autênticos e criativos. E seu grande trunfo está em seu clímax e para
quem procurou mesmo o terror os últimos 20 minutos é de arrepiar
NOTA: 6,3
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