Estreias

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Crítica - 'A Visita'


          Foi apenas uma questão de tempo para M. Night Shyamalan brilhar no mais novo terror ‘A Visita’.  Conhecido dos ótimos ‘O Sexto Sentido’ e ‘Corpo Fechado’, Shyamalan voltou a conquistar não apenas seus fãs mais sim confirmando que tem idéias interessantes a oferecer. O cineasta dessa vez não foge do convencional nos filmes de terror ao comandar ao estilo found footage para entregar realidade a trama, mas surpreende ao incluir um elemento inimaginável neste gênero; a comédia.                                                                                                                        
   Os irmãos Becca (Olivia DeJonge) e Tyler (Ed Oxenbould) de 17 e 13 anos, respectivamente são mandados pela mãe para passar as férias com seus avós, que nunca conheceram. Tyler, a criança que sonha em ser rapper e Becca, candidata a cineasta resolve gravar a visita e não demora muito para as crianças descobrirem atitudes bizarras acontecendo com os idosos.                                                     

   Se uma palavra resume perfeitamente o filme é: bizarro. Com um ritmo maçante no inicio, iniciando com diálogos tolos e brincadeiras infantis, a câmera filmada pelos protagonistas recorrendo para dialogar com o espectador e proporcionando um ar de realidade a trama desde a chegada da casa dos avós, serve mais para o publico baixar a cabeça como reprovação e questionar – esse filme é de terror mesmo? À medida que os dias se passam na remota fazenda dos avós, o bizarro toma conta do filme. Não um bizarro desagradável e, sim muito pelo contrario da maneira quando a história transcorre.                    

    Sem aquela tensão mostrada no trailer, o terror é mais contemplativo, recheado de splatter, mais próximo de um suspense psicológico e o resultado é incrível. Shyamalan brincou com o terror, desde a escolha dos dialetos (quando Tyler substitui palavrões por nomes de cantoras famosas) a situação de como trabalha os sustos e as excêntricas expressões corporais.  A conclusão é simples, o humor tem êxito - a quebra da tensão funciona quase sempre e a esquisitice deixa dúvidas na cabeça do espectador do que esperar em cada cena (como a do fogão).                                                                                                                                                                       Com atuações convincentes, Deanna Dunagan está incrivelmente sinistra e o diretor soube usar personagens infantis no caso de Oxenbould e DeJonge, coisa que muito filmes de terror não consegue.  ‘A Visita’ também abusa dos clichês como em todo filme de terror (andar a noite no sótão ou brincar em locais claustrofóbicos), mas tem seus momentos autênticos e criativos.  E seu grande trunfo está em seu clímax e para quem procurou mesmo o terror os últimos 20 minutos é de arrepiar                
 
NOTA: 6,3


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