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quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Crítica - '007 Contra Spectre'


   Três anos depois do ótimo ‘007 Operação Skyfall’ dirigido por Sam Mendes, a franquia mantém o renomado cineasta para fechar o ciclo Daniel Craig em grandes mãos com um orçamento astronômico. A expectativa era enorme e ‘007-Contra Spectre’ foi aquém do esperado.                                                                                                                                                               Com um início promissor, o público é ansiado com uma ótima execução de um plano-sequencia em meio à celebração do Dia dos Mortos no México em uma cena pré-crédito, realmente um começo arrasador. A partir daí a expectativa só tem de crescer, infelizmente o filme não mantém o mesmo nível da cena inicial, porém chega perto durante os seus 150 minutos com cenas de tirar o fôlego e homenageando capítulos anteriores, como a do trem.               


     Durante uma missão secreta no México, uma nova pista leva Bond (Daniel Craig) a descobrir a existência de uma organização secreta internacional, chamada SPECTRE que está envolvido com todos os seus problemas relacionados nos episódios anteriores liderada por um homem misterioso (Christopher Waltz).                                                                           
  
      O centro das atenções não poderia deixar de serem as cenas de ação. Desde a cena pré-crédito aos clichês do gênero, a trama seguiu a cartilha como em todo filme da franquia envolvendo o espectador na ótima visão de Mendes mesclando a ação, o tom de humor e a homenagem. Sem contar a belíssima fotografia em plano aberto valorizando os deslumbrantes cenários em Roma, México, Áustria e a trilha sonora nostálgica e intensa contando com uma boa música tema de Sam Smith – Writing’s On The Wall’, porém a trilha soou excessiva.                       


     O grande problema de ‘Contra Spectre’ é a falta de estrutura da narrativa em um roteiro desleixado. O filme mais longo da franquia tentou fazer muito, mas perdeu seu foco seja na passagem rápida de Bond em Roma desperdiçando a atriz Monica Bellucci e na tentativa de construir um vilão temido, na interpretação apagada do ótimo ator Christopher Waltz (nem se compara com o personagem vivido por Javier Bardem em ‘Skyfall’). Bem previsível o roteiro prejudicou os personagens e refletiu o desgaste de Craig, mas ao mesmo tempo o ator sentiu-se mais a vontade no papel. Quem merece destaque é a presença feminina de Léa Seydoux.                                                                                                        

     ‘007-Contra Spectre’ tem todos os elementos para entreter os amantes do gênero de ação e os fãs antigos da franquia, apresentou recursos técnicos extremamente diligenciados, e contando com os clichês bem explorados envolvendo o espectador desde as inúmeras explosões as cenas fascinantes, graças a mão de Mendes.                               


NOTA: 7,2



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