Três
anos depois do ótimo ‘007 Operação Skyfall’ dirigido por Sam Mendes, a franquia
mantém o renomado cineasta para fechar o ciclo Daniel Craig em grandes mãos com
um orçamento astronômico. A expectativa era enorme e ‘007-Contra Spectre’ foi
aquém do esperado. Com um início promissor, o
público é ansiado com uma ótima execução de um plano-sequencia em meio à
celebração do Dia dos Mortos no México em uma cena pré-crédito, realmente um
começo arrasador. A partir daí a expectativa só tem de crescer, infelizmente o
filme não mantém o mesmo nível da cena inicial, porém chega perto durante os
seus 150 minutos com cenas de tirar o fôlego e homenageando capítulos
anteriores, como a do trem.
Durante uma missão secreta no
México, uma nova pista leva Bond (Daniel Craig) a descobrir a existência de uma
organização secreta internacional, chamada SPECTRE que está envolvido com todos
os seus problemas relacionados nos episódios anteriores liderada por um homem
misterioso (Christopher Waltz).
O
centro das atenções não poderia deixar de serem as cenas de ação. Desde a cena
pré-crédito aos clichês do gênero, a trama seguiu a cartilha como em todo filme
da franquia envolvendo o espectador na ótima visão de Mendes mesclando a ação,
o tom de humor e a homenagem. Sem contar a belíssima fotografia em plano aberto
valorizando os deslumbrantes cenários em Roma, México, Áustria e a trilha
sonora nostálgica e intensa contando com uma boa música tema de Sam Smith –
Writing’s On The Wall’, porém a trilha soou excessiva.
O grande problema de ‘Contra Spectre’ é a falta de
estrutura da narrativa em um roteiro desleixado. O filme mais longo da franquia
tentou fazer muito, mas perdeu seu foco seja na passagem rápida de Bond em Roma
desperdiçando a atriz Monica Bellucci e na tentativa de construir um vilão
temido, na interpretação apagada do ótimo ator Christopher Waltz (nem se
compara com o personagem vivido por Javier Bardem em ‘Skyfall’). Bem previsível
o roteiro prejudicou os personagens e refletiu o desgaste de Craig, mas ao
mesmo tempo o ator sentiu-se mais a vontade no papel. Quem merece destaque é a
presença feminina de Léa Seydoux.
‘007-Contra
Spectre’ tem todos os elementos para entreter os amantes do gênero de ação e os
fãs antigos da franquia, apresentou recursos técnicos extremamente
diligenciados, e contando com os clichês bem explorados envolvendo o espectador
desde as inúmeras explosões as cenas fascinantes, graças a mão de
Mendes.
NOTA: 7,2
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