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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Crítica - 'As Sufragistas'


    Ao longo da história as mulheres batalharam para conquistar seus direitos iguais e hoje em dia são alvos dos principais embates para garantir grandes postos na sociedade atual. Desde o primórdio do inicio do século XX pelo movimento sufragista na Inglaterra, a força e a coragem banharam as personalidades femininas na luta pelo direito ao voto. Tal evento é o centro para o cinema abordar um tema com princípios fortes em ‘As Sufragistas’.            

  Após décadas de manifestações pacificas, as mulheres apelaram por uma campanha nacional de desobediência civil liderada pela Emmeline Pankhurst (Meryl Streep) para lutar pela igualdade e o direito ao voto. A trama acompanha a trajetória de Maud Watts (Carey Mulligan), uma mulher trabalhadora, mãe de família e sem formação política que acaba envolvendo ao acaso com o movimento sufragista e se torna um dos ícones do golpe.              
  
   Dessa maneira o espectador se envolve com a personagem e sente tudo o que ela esta passando. Isso tudo graças a performance impecável de Carey Mulligan desenvolvendo com perfeição a personagem passando da indecisão a uma forte guerreira, além de carregar todo sofrimento durante a narrativa – seja o amor pelo seu filho e enfrentando as autoridades. Sem contar uma cena contracenando com Brendan Gleeson que é talento puro. É bem provável que a atriz receba uma indicação ao Oscar 2016.               

    Não apenas ela, o elenco todo está impecável. Vivendo em uma sociedade dominada pelos homens, o ator Ben Whishaw é o personagem mais odiado da trama interpretando o marido de Watts, assim como o próprio Brendan Gleeson. Também temos grandes nomes como Anne-Marie Duff, Grace Stottor, Helena Bonham Carter e a genial Meryl Streep (porém esta apenas alguns minutos). Todos estão ótimos!                 

    O filme também apresenta a força feminina na sétima arte sendo dirigido e roteirizado por mulheres. A cineasta Sarah Gravon não perde a mão em chocar o espectador frente as injustiças contra as mulheres com cenas impactante e abre mão da sutileza com sua protagonista apresentando toda seu sofrimento, o que pode comprometer a trama. Apesar disso, a cineasta acerta na construção da época, contando com um bom design de produção, porém os elementos técnicos são fracos e convencionais, como é o caso da trilha sonora e o jogo de edição confuso nas cenas de ação.  

   Diante de uma temática tão complexa ao longo dessa batalha perdurando até os dias de hoje, ‘As Sufragistas’ apresenta esse conteúdo de forma resumida e deixa de explorar detalhadamente todo o peso histórico, porém o filme aborda um tema importante e quem se interessa pela história, aqui é uma boa opção.               

  
NOTA: 7,3


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