Ao
longo da história as mulheres batalharam para conquistar seus direitos iguais e hoje
em dia são alvos dos principais embates para garantir grandes postos na
sociedade atual. Desde o primórdio do inicio do século XX pelo movimento
sufragista na Inglaterra, a força e a coragem banharam as personalidades
femininas na luta pelo direito ao voto. Tal evento é o centro para o cinema
abordar um tema com princípios fortes em ‘As Sufragistas’.
Após
décadas de manifestações pacificas, as mulheres apelaram por uma campanha
nacional de desobediência civil liderada pela Emmeline Pankhurst (Meryl Streep)
para lutar pela igualdade e o direito ao voto. A trama acompanha a trajetória
de Maud Watts (Carey Mulligan), uma mulher trabalhadora, mãe de família e sem
formação política que acaba envolvendo ao acaso com o movimento sufragista e se
torna um dos ícones do golpe.
Dessa
maneira o espectador se envolve com a personagem e sente tudo o que ela esta
passando. Isso tudo graças a performance impecável de Carey Mulligan
desenvolvendo com perfeição a personagem passando da indecisão a uma forte
guerreira, além de carregar todo sofrimento durante a narrativa – seja o amor
pelo seu filho e enfrentando as autoridades. Sem contar uma cena contracenando
com Brendan Gleeson que é talento puro. É bem provável que a atriz receba uma
indicação ao Oscar 2016.
Não
apenas ela, o elenco todo está impecável. Vivendo em uma sociedade dominada
pelos homens, o ator Ben Whishaw é o personagem mais odiado da trama interpretando
o marido de Watts, assim como o próprio Brendan Gleeson. Também temos grandes
nomes como Anne-Marie Duff, Grace Stottor, Helena Bonham Carter e a genial
Meryl Streep (porém esta apenas alguns minutos). Todos estão ótimos!
O
filme também apresenta a força feminina na sétima arte sendo dirigido e roteirizado
por mulheres. A cineasta Sarah Gravon não perde a mão em chocar o espectador
frente as injustiças contra as mulheres com cenas impactante e abre mão da sutileza
com sua protagonista apresentando toda seu sofrimento, o que pode comprometer a
trama. Apesar disso, a cineasta acerta na construção da época, contando com um
bom design de produção, porém os elementos técnicos são fracos e convencionais,
como é o caso da trilha sonora e o jogo de edição confuso nas cenas de ação.
Diante de uma
temática tão complexa ao longo dessa batalha perdurando até os dias de hoje,
‘As Sufragistas’ apresenta esse conteúdo de forma resumida e deixa de explorar
detalhadamente todo o peso histórico, porém o filme aborda um tema importante e
quem se interessa pela história,
aqui é uma boa opção.
NOTA: 7,3
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