Em
meios a tantos programas de TV de culinária estourando hoje em dia, ’Pegando
Fogo’ traz essa temática para o cinema. Com um tema interessante para chamar
atenção dos amantes desse gênero por sua vez já trabalhado na animação da Pixar
em ‘Ratatouille’, o filme conta com o astro de Hollywood Bradley Cooper para
viver um ganancioso chefe de cozinha no trabalho apagado do cineasta John
Wells.
Cooper
é Adam Jones, um chefe de cozinha buscando novas oportunidades em Londres, após
um passado conflituoso envolvendo álcool e drogas. Obcecado para conquistar a
terceira estrela do guia Michelin de restaurante, o chefe conta com a ajuda do
seu amigo Tony (Daniel Bruhl), um administrador de um restaurante, e reúne uma
equipe de antigos amigos.
Apesar
do tema interessante a história pouco convence. Com um roteiro linear sem
grandes surpresas, ’Pegando Fogo’ funciona quando apresenta a dinâmica entre o
chefe Jones e sua equipe dentro da cozinha mostrando os belíssimos pratos e o
que a por trás dos restaurantes, fora isso o cineasta Wells perde o foco e o
fascínio ao se perder no subtramas fúteis envolvendo a ótima atriz Alicia
Vikander com a cobrança dos traficantes franceses, cuja solução é ridícula. Uma simples mudança no roteiro, muitos personagens
deixariam de existir, uma pena ver a talentosa atriz Vikander desperdiçada e o bom ator Bruhl em uma interpretação rasa, submetendo também a uma cena
desnecessária na trama.
O
destaque para produção acaba ficando para a dupla Cooper e Sienna Miller (ambos
trabalharam juntos em ‘Sniper Americano’), os dois apresentam boa química e
visivelmente Cooper vive um chefe obsessivo, ganancioso e autoconfiante lutando
para ser o melhor chefe de cozinha do mundo e, na verdade resume o filme. Somando
também uma trilha sonora esquecível, ‘Pegando Fogo’ conta a ambição de um chefe
voltar a crescer e funciona mostrando a relação dentro na cozinha, mas se perde
ao longo da narrativa com subtramas em um roteiro pouco atraente.
NOTA: 5,8
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