Estreias

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Crítica - 'Pegando Fogo'


       Em meios a tantos programas de TV de culinária estourando hoje em dia, ’Pegando Fogo’ traz essa temática para o cinema. Com um tema interessante para chamar atenção dos amantes desse gênero por sua vez já trabalhado na animação da Pixar em ‘Ratatouille’, o filme conta com o astro de Hollywood Bradley Cooper para viver um ganancioso chefe de cozinha no trabalho apagado do cineasta John Wells.                                   

   Cooper é Adam Jones, um chefe de cozinha buscando novas oportunidades em Londres, após um passado conflituoso envolvendo álcool e drogas. Obcecado para conquistar a terceira estrela do guia Michelin de restaurante, o chefe conta com a ajuda do seu amigo Tony (Daniel Bruhl), um administrador de um restaurante, e reúne uma equipe de antigos amigos.                                               

      Apesar do tema interessante a história pouco convence. Com um roteiro linear sem grandes surpresas, ’Pegando Fogo’ funciona quando apresenta a dinâmica entre o chefe Jones e sua equipe dentro da cozinha mostrando os belíssimos pratos e o que a por trás dos restaurantes, fora isso o cineasta Wells perde o foco e o fascínio ao se perder no subtramas fúteis envolvendo a ótima atriz Alicia Vikander com a cobrança dos traficantes franceses, cuja solução é ridícula. Uma simples mudança no roteiro, muitos personagens deixariam de existir, uma pena ver a talentosa atriz Vikander desperdiçada e o bom ator Bruhl em uma interpretação rasa, submetendo também a uma cena desnecessária na trama.                                 

    O destaque para produção acaba ficando para a dupla Cooper e Sienna Miller (ambos trabalharam juntos em ‘Sniper Americano’), os dois apresentam boa química e visivelmente Cooper vive um chefe obsessivo, ganancioso e autoconfiante lutando para ser o melhor chefe de cozinha do mundo e, na verdade resume o filme. Somando também uma trilha sonora esquecível, ‘Pegando Fogo’ conta a ambição de um chefe voltar a crescer e funciona mostrando a relação dentro na cozinha, mas se perde ao longo da narrativa com subtramas em um roteiro pouco atraente.                       


 NOTA: 5,8





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