Estreias

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Crítica - 'Uma Longa Jornada'


       Já faz um bom tempo que Hollywood se inspirou nos best-sellers do autor Nicholas Sparks. Desde os ótimos ‘Diário de uma Paixão’ e ‘Um Amor para Recordar’, em suas ultimas obras o romancista mostrou não saber o significado de criatividade. A sua 10ª longa metragem acompanha o caubói vivido por Scott Eastwood e a estudante de artes é Britt Robertson e como de costume o previsível esta de volta em ‘Uma Longa Jornada’.        

     Mas existe algo diferente nessa trama? A resposta é simples: não.  Mudando apenas os nomes, profissões, os objetivos da vida dos personagens e suas dificuldades. Protagonizado pelo cowboy Luke Collins (Scott Eastwood) e a estudante Sophia Danko (Britt Robertson), com um breve desenvolvimento de ambos os personagens; os clichês tomam conta e de cara os dois de apaixonam a primeira vista. 

  Inesperadamente eles conhecem Ira (Alan Alda) e ao ter suas cartas escritas para sua falecida esposa resgatas por Sophia, o senhor desenvolve uma amizade com a jovem estudante.  E aqui somos bem-vindos a uma bela história, remetendo o passado de Ira (Jack Huston) e sua esposa Ruth (Oona Chaplin) nos anos de 1940 servindo como um livro de auto-ajuda para o amor dos jovens protagonistas.  O filme traçou paralelos entre as duas histórias, e quem acabou se destacando foi o casal Ira e Ruth trazendo uma maior carga emocional, com uma bela e delicada memória e com melhores performances.                
     
    Não apenas na história e na competência dos recursos técnicos no retrato da época, as atuações dos coadjuvantes se destacam mais do que dos próprios protagonistas. Dentre todo elenco, quem desenvolveu um peso emocional ao seu personagem foi Oona Chaplin mostrando todo seu sofrimento, contracenando ao seu lado Jack Huston - ambos roubam a cena, junto com Alan Aldan. O casal protagonista apresentou boa química, Britt Robertson (‘Under the Dome’) tem carisma, mas não pode dizer o mesmo para Scott Eastwood que visivelmente mostrou não ter estudado seu personagem.

   Transitando entre o presente e o passado, o diretor George Tillman . Jr. acertou no ritmo entre as duas histórias e criou boas cenas de ação do rodeio lidando com o time-lapse. Com cenas tradicionais do gênero, cobrindo toda a primeira metade. Na segunda metade melhora “um pouco”; devido às desavenças do casal, mas com um drama arrastado subestimando o espectador e na tentativa de emocionar o público.

  Como em todo filme Sparkiano e suas clássicas cenas, ‘Uma Longa Jornada’ exibiu tudo que conhecemos em suas outras obras. Sempre com belos cenários, uma bonita trilha sonora melodramática, o previsível, e jovens atores protagonistas. Quem merecia o papel principal era o casal Ira e Ruth.

NOTA: 6,3


 
                     

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