Estreias

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Crítica - 'Sicario:Terra de Ninguém'


    Se há um nome que mereça destaque no cinema atual é o cineasta, Denis Velleneuve. Conhecido do ótimo ‘Os Suspeitos’, Velleneuve repete mais um ótimo trabalho fruindo de todos os seus dotes criando aquele ambiente soturno, lúgubre, tenso e com cenas de tirar o fôlego em ‘Sicário: Terra de Ninguem’.

    O espectador acompanha os primeiros minutos na visão da policial do FBI, Kate Mercer (Emily Blunt) ao ingressar em uma perigosa missão entre o EUA e o México no combate ao cartel de drogas. Convidada a integrar uma equipe guiada por dois homens intrigantes (Josh Brolin e Benicio Del Toro), seu objetivo é capturar o líder do crime mexicano.                            
 
   Estrategicamente o diretor optou conduzir o filme no ponto de vista da policial trazendo ao espectador a dubiedade da personagem nos minutos iniciais. Com um ritmo maçante e confuso no inicio, à medida que a policial se envolve na inquietante missão, o filme passa a ser visto em outras visões e, o ritmo pulsante e a tensão começa a predominar no longa  em um jogo de câmera inteligente de Velleneuve conseguindo manter a ansiedade do publico em diversas cenas.     

  Dentre essas cenas todos os recursos são surpreendentemente bem adequados. A cinematografia é fantástica; a fotografia desempenha um papel fundamental na construção da fronteira utilizando tomadas aéreas, o diretor também opta por enquadramentos longos e abertos (como em ‘Os Suspeitos’) e uma manipulação da luz e sombra inteligente realçando as questões morais, além de combinação de uma ótima trilha sonora alarmante e adotando cortes longos. O resultado de tudo isso é simplesmente brilhante.
 
  O filme ainda dispõe de nomes como Benicio Del Toro, Josh Brolin e Emily Blunt.  E todos estão excelentes e merecem destaques,    com a presença de Del Toro acentuando o clima ameaçador em seu personagem ríspido, e Blunt vivendo a integra policial. ‘Sicário: Terra de Ninguem’ tem todos os elementos essências de um grande filme, apresenta um final com a mesma pegada do outro filme anterior do diretor, porém seu roteiro está aquém da ótima direção, trilha, fotografia e atuações.

NOTA: 8,0


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