Estreias

sexta-feira, 20 de março de 2015

Crítica - 'Relatos Selvagens'

           Elogiar o cinema argentino é corriqueiro, e mais uma vez nos surpreende com um filme de tirar o chapéu, ‘Relatos Selvagens’. Sucesso de público (aproximadamente três milhões de espectadores na Argentina), concorrendo ao Oscar 2015 de melhor filme estrangeiro, conta com o sempre ótimo Ricardo Dárin e um humor negro.        

    O filme é dividido em seis contos independentes entre si e cada um melhor que o outro. O diretor e roteirista Damián Szifrón consegue manter uma regularidade incrível, pois simplesmente todos os seis relatos são classificados como muito bons, ótimos e espetaculares. Com um ritmo acelerado, bem conduzido (apresentando um começo, meio e clímax), Szifrón entretem o espectador com o humor negro, arrancando boas risadas.               
   
      Nesses seis episódios, dando um breve resumido (pois senão perde a graça). Começando de maneira rápida e empolgante de uma historia que se passa dentro de um avião. Em seguida, uma garçonete se depara com o responsável pela morte do seu pai. Temos o episódio de dois homens e um pneu furado no meio de uma estrada. No quarto conto, Dárin mais uma vez da um show de interpretação ao viver um pai frustrado e lutando contra o sistema burocrático urbano, após ter seu carro rebocado.                             
                                                                                                        
    O roteiro é realmente sensacional. Em cada um dos contos somos surpreendidos várias vezes, encontramos reviravoltas, tom irônico; sarcástico e criticas sociais. Outro ponto forte no longa, é a excelente trilha sonora de Gustavo Santaolalla muito bem escalada na construção do humor em cada relato, as funções técnicas em geral está excelente.          

      No ultimo conto de ‘Relatos Selvagens’ gira em torno de um casamento e roubando a cena o grande destaque foi Erica Rivas (talvez até melhor que Dárin), protagoniza o episodio mais engraçado e marcante. Além de muito bem filmada, o diretor faz o uso de jogo de câmera sabendo muito bem o que representar e consegue manter um equilíbrio dos vários gêneros encontrado – comédia, drama, aventura, mistérios. Szifron mostra ser um grande nome no cinema argentino.                                        

     Com um ritmo rápido e gostoso. Divertido e cativante, você vai sair querendo com um gostinho de “quero mais”.                                       

NOTA: 9,0



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