Estreias

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Crítica - 'Cinderela'


   Após se tornar mundialmente conhecida na clássica animação de 1950, a própria Disney resgata ‘Cinderela’ filmando pela primeira vez com atores e nunca abrindo mão desse mundo de magia. Mesmo sendo aquela velha história de sempre, aqui em ‘Cinderela (2015)’ pouca coisa muda, mas mesmo assim a Disney e o diretor Kenneth Branagh conseguiram surpreender criando um verdadeiro conto de fadas equilibrando todos os elementos para não só as crianças se encantar com esse mundo.                          


       O filme não foge do convencional, após a morte do seu pai, Ella (Lily James) vive dias terríveis com sua temível madrasta (Cate Blanchett) e suas duas filhas. Até ela conhecer um príncipe no meio de uma floresta, os dois se apaixonam e no momento do baile ela perde seu sapatinho de cristal. São todos os elementos clássicos que já conhecemos.                    

       O ponto certo do filme foi à escolha da atriz Cate Blanchett dando vida à impiedosa madrasta apenas com seu olhar de desprezo, seus gestos expressivos e a escolha da cor certa do seu figurino, reforçava seu ódio - Blanchet provou o porquê conquistou duas estatuetas do Oscar em sua carreira. Quem também merece destaque apesar de sua pequena participação é Helena Bonham Carter interpretando a fada madrinha. Ficando atrás Lily James e o príncipe Richard Madden (o prezado Robb Stark de ‘Game of Thrones’), fizeram um bom trabalho dentro do que o filme propõe.                           

       O diretor Branagh se sentiu em casa produzindo ao lado da Disney esse mundo de fantasia que só ele sabe fazer (acostumado a dirigir adaptações Shakespearianas). Nivelando todos os elementos, desde a ótima proposta estética nos movimentos dos vestidos, dos cabelos, e nos melhores amigos da Cinderela – os ratos. Até nos efeitos visuais (com destaque na cena pós e pré baile), ele contou com uma ótima narrativa em off criando ainda mais aquele mundo além de nossas imaginações.                                                                                    

       Visualmente fascinante todo cuidado é pouco na escolha dos cenários, dos figurinos, e das cores compondo as diversas cenas fascinando o espectador (como na imagem). As cores não foram utilizadas apenas para a imagem e sim nas construções dos personagens e da narrativa – cada personagem tem um esquema de cor próprio. Isso associado à perfeita trilha sonora instrumental, ajudam a entrar no clima do filme.

     Pouco inovador, o simples roteiro consegue emocionar utilizando duas palavras – ‘gentileza e coragem’  mesmo sendo aquela história que todos conhecem. O filme surpreende em razão da competência da direção, nas montagens detalhadas de cada cena... Cinderela (2015) fez jus ao clássico e a magia do cinema.

NOTA: 7,5



Nenhum comentário:

Postar um comentário