Finalmente,
‘Expresso do Amanha’ estreou no Brasil e provando que existe originalidade no
cinema atual. E o responsável por entregar novas idéias ao gênero de ficção
cientifica, criando um mundo brilhantemente surreal em um roteiro recheado de
temas inerentes a realidade atual - é o cineasta sul coreano Boon Joon Ho, seu
primeiro filme em inglês depois de realizado o ótimo ‘Hospedeiro’.
Baseado
em HQ francesa chamada ‘Le Transperceneige’ inspirada no cenário mundial, a
tentativa do governo em cessar o aquecimento global por meio da substancia
refrigerante CW-7 é fracassada, resultando no congelamento total do planeta. O
engenheiro Wilford (Ed Harris) acabou se tornando líder ao construir um enorme
trem salvando boa parte da população e o dividindo por meio de classes sociais,
onde os ricos são localizados da parte dianteira do trem e os pobres na
“cauda”.
Cada
vagão é comandado pelos soldados de Wilford no interesse de manter aquele mundo
dentro do trem sob controle. Mas, o pessoal situado na “cauda” do trem está
insatisfeito e o líder (Chris Evans) começa uma nova rebelião para conseguir os
seus direitos e controlar as maquinas.
Com isso tem inicio a uma serie de descobertas e passagens fortemente
ligadas ao mundo atual para cada novo vagão.
Como o filme se passando apenas dentro do
trem, é fascinante como Joon Ho idealiza a cada uma nova seção. Quando achamos
que vimos de tudo, ele nos surpreende. Concebendo um mundo pós-apocalíptico
criativo, criando uma atmosfera claustrofóbica e desenrolando a trama com
ótimas cenas de ação, violentas e, um jogo de câmera muito interessante tornando
essa imensa locomotiva a protagonista.
Com
uma direção sólida e um roteiro inteligente, ‘Expresso do Amanha’ também conta
com um elenco de primeira. A começar por Evans o encabeçado a liderar a classe
dos trabalhadores rumo ao primeiro vagão, O Capitão América mais uma vez
mostrou sua veracidade nos momentos de ação protagonizando o tenso Curtis.
Destaque também para a irreconhecível Tilda Swinton roubando a cena com sua
personagem desequilibrada. O filme ainda conta com a presença de Jamie Bell, o melhor
amigo de Curtis, Kang-ho Song, o criador do sistema de porta do trem, Ed
Harris, e John Hurt. E todos têm ótimas presenças sendo relevante a trama.
Quando
tudo caminhava perfeitamente nos longos 120 minutos, ‘Expresso do Amanhã’ caiu
no clichê em seus últimos minutos e pecou em seu ato final. Mas trouxe um
roteiro original carregado de críticas ligado a sociedade atual, é sádico,
apresentou cenários interessantes e vale a pena ser visto.
NOTA: 7,8
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