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sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Crítica - 'Testament of Youth'


   Amor e guerra unidos no paradoxo da vida. Quando essas duas palavras são contadas de maneira emocionante e inteligente inspiram as mais belas obras. Assim foi feito ‘Testamenth Of Youth’, baseado no best-seller autobiográfico da britânica Vera Brittain. E nada mais justo dispor de Alicia Vikander como protagonista.                                              

     Em memórias de Vera Brittain (Alicia Vikander), a trama nos leva a Inglaterra, meses antecedentes ao inicio da 1ª Guerra Mundial. Vera, uma mulher de personalidade forte almejando entrar na eminente universidade de Oxford, é filha de uma tradicional família convivendo com seu irmão Edward (Taron Egerton) e os amigos deste ultimo.    
                       

   Em meio ao reboliço familiar, chega Roland Leighton (Kit Harington), um amigo de família e facilmente se entregando aos encantos de Vera. Mas, com a guerra se aproximando todas as pessoas próximas de Vera se alistam no exército, restando a ela se voluntariar como enfermeira a ponto de estar próxima a eles.                               

  A adaptação não-linear comandada pelo diretor James Kent tem um ritmo vagaroso em um filme tecnicamente impecável e inteligente. Na primeira metade o longa desenvolveu a impetuosa Brittain buscando seus sonhos e a sua relação com seu novo amor Leighton. O inteligente foi da parte de Kent com esquemas de cores e iluminação corretas, como o uso de trajes e iluminações claras para a felicidade ou trajes escuros e uma iluminação escassa em momentos lúgubres, para o crescimento e emoções da protagonista muito bem representada na ótima performance de Vikander. 

   O filme não seria o mesmo senão fosse por ela: Alicia Vikander. Mais uma vez, a atriz emenda mais um ótimo trabalho após ‘Ex-Machina’ em uma atuação nível Oscar, carregando uma enorme carga emocional desde aos seus olhos perdidos a uma apaixonada - em um roteiro exigindo bastante principalmente na segunda metade marcada pelos horrores da guerra. Ela deixa o bom ator Kit Harington (o querido e ótimo Jon Snow em ‘Game of Thrones’) mero coadjuvante, assim como Taron Egerton (do promissor ‘Kingsman – Serviço Secreto’).
         
   Não foram apenas os personagens favorecidos na trama, mas sim o espectador. Parece que estamos presenciando a 1ª Guerra Mundial, no talento da ótima fotografia com tonalidade fosca, sépia e uma iluminação clara associada à competência da direção de arte retratando perfeitamente a época, levando os cinéfilos aos horrores da Guerra quando Brittain se torna enfermeira.                    
   A segunda metade marcado com um maior peso dramático, Kent fez bem em não arrastar o sofrimento empregando cortes para mudança de cenas. ‘Testamenth Of Youth’ é uma clássica história apresentando os mesmos resquícios de outros filmes envolvendo o romance e a guerra não acrescentando nada de inovador em seu ritmo lento. Cinematograficamente fascinante com uma linda trilha sonora instrumental melodramática e finalizando com uma dedicatória; levando o espectador a lagrimas nos olhos em uma historia bonita, triste e comovente.                                  
 

NOTA: 7,3



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