Estreias

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Crítica - 'Lugares Escuros'


    A autora em destaque no momento, Gillian Flynn vem inspirando o cinema com o brilhantismo de suas obras. Foi assim o caso do sucesso do suspense ‘Garota Exemplar’ com uma ótima performance de Rosamund Pike. Porém, a palavra sucesso não pode dita novamente em sua nova adaptação, ‘Lugares Escuros’ trazendo também uma das melhores atrizes do momento: Charlize Theron.      
  
  ‘Lugares Escuros’ desta vez não tem um envolvimento maior da autora e conta com vários elementos parecidos de seu ultimo sucesso no cinema, o clima oprimido, o drama envolvido e os resquícios de violência tudo associado a um inteligente roteiro. O filme chegou cheio de promessas por conta de um grandioso elenco incluindo Charlize Theron, a promissora Cloe Grace Moretz e Nicholas Hoults (novamente ao lado de Theron depois de ‘Mad Max – Estrada de Fúria’). Os fãs têm tudo para gostar da produção no comando de Gilles Paquet-Brenner, mas longe de ser um David Fincher.                  

   A adaptação acompanha Libby Day (Theron), uma mulher traumatizada ao ver sua mãe e suas irmãs mortas ainda quando pequena testemunhando contra seu próprio irmão, Ben, no tribunal. Após 30 anos, ela aceita o convite de Lyle (Hoults) a participar de um clube de pessoas interessadas em crimes não solucionados, por conta de seus problemas financeiros. Juntos, eles buscam a verdade desse mistério.
 
   A trama é interessante de Flynn, e Brenner conseguiu nos 113 minutos prender o espectador criando uma ótima atmosfera de tensão, angustia e mistério. Com seu confuso inicio, nos minutos inicias não sabemos o real objetivo da história e o roteiro não desenvolveu seus personagens; apenas a protagonista. Mas, conforme os minutos vão se passando a narrativa vem ganhando força a cada segredo revelado e um maior envolvimento dos personagens.                    
 
   Com uma narrativa traçando dois paralelos entre o presente e o passado, os acontecimentos do presente é a Libby Day procurar respostas de seu passado visitando seu irmão Ben, preso na cadeia há duas décadas. Enquanto o passado retrata todos os envolvidos a cerca de Ben, antes da noite do crime.  

   A transição entre o presente e o passado apresentou uma ótima montagem mantendo um bom ritmo do filme, como também a engenhosa fotografia para compor esses dois tempos com tonalidades diferentes e com o uso de cores para construir os personagens. Para a direção de arte , não pode ser dito o mesmo. O que dificulta o espectador saber os períodos, por não representar os cenários com 30 anos de diferença.         

      Apresentando inúmeros personagens sem fundamentos, sem profundidade e subgêneros fracos, uma solução sem clímax e deixando pontas soltas no caminho. Um roteiro com potencial, não foi muito bem explorado, mas acaba sendo compensando com um grande acerto da produção: o elenco. Charlize Theron emenda mais um ótimo trabalho após ‘Mad Max’ assim como a promissora Cloe Grace Moretz  sendo um dos destaques. O suspense ‘Lugares Escuros’ é esquecível e longe de ser ‘Garota Exemplar’      

NOTA: 6,7



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