Estreias

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Crítica - 'A Dama Dourada'


     Mais uma história envolvendo o cenário da 2ª Guerra Mundial em fatos reais. ‘A Dama Dourada’ inspirou na belíssima obra do pintor austríaco Gustav Klimt, mais conhecida como ‘The Lady in Gold’ e trouxe uma narrativa interessante valorizando a cultura e o ambiente do país europeu na década de 90 e em meados a guerra. Somando a solidez na performance da atriz Helen Mirren, mas não com o brilho na direção de Simon Curtis.                           


     Morando em Los Angeles no ano de 1998, após fugir de sua cidade natal na Áustria no período da 2ª Guerra Mundial, a judia Maria Altman (Helen Mirren) decide recuperar todos os bens da família apreendido pelos nazistas, mas para essa jornada ela precisa contar com a ajuda do inexperiente advogado (Ryan Reynolds) e do jornalista austríaco (Daniel Bruhl).                


  Retratando os anos do período de guerra e a batalha jurídica entre Altman e o governo austríaco, o roteiro assinado por Alexi Kaye Campbell não fugiu das “frases feitas”, utilizou de muitos flashbacks para narrar a juventude da protagonista tornando esta balança entre o passado e o presente desequilibrado. Em momentos, o enredo do período de guerra chama mais a atenção do espectador, mas dura apenas poucos minutos e o filme não passa aquele drama, tensão, o suspense e os males da 2ª Guerra.   

     Ponto curioso na trama foi o retrato da época quando aparece à tia Adele Bloch-Bauer, que a fotografia se destacou utilizando uma cor amarela fosca para representar a data mais antiga do longa.  Porém com falhas na edição, ao representar o presente e o tempo vivido por Altman na juventude a fotografia não tem esse mesmo destaque, mas sempre buscou valorizar o belo cenário austríaco.           

    Com fracas atuações em seus últimos filmes (‘A Procura’ e ‘The Voices’), Ryan Reynolds melhora, mas ainda não convenceu e está muito abaixo da protagonista Helen Mirren. O filme ainda conta com a pequena aparição de Charles Dance (do ótimo Tywin Lannister em ‘Game of Thrones’), a boa apresentação de Tatiana Maslany interpretando Maria Altman quando jovem e a encantadora alemã Antje Traue vivendo sua tia Adele Bloch-Bauer - a inspiração de Gustav Klimt, presenteando o povo austríaco como a “Mona Lisa da Áustria”, o quadro ‘Woman in Gold’.                                    
             

   Baseado em fatos reais, o previsível ‘A Dama Dourada' trouxe um enredo interessante envolvendo principalmente os amantes de arte e apresentando a cultura austríaca com o consagrado quadro de Gustav Klimt, e uma trilha se destacando apenas no ultimo ato da trama. Entretanto o drama e a emoção estavam fora dos planos nesse trabalho de Simon Curtis. 

NOTA: 6,1



Nenhum comentário:

Postar um comentário