Mais
uma história envolvendo o cenário da 2ª Guerra Mundial em fatos reais. ‘A Dama
Dourada’ inspirou na belíssima obra do pintor austríaco Gustav Klimt, mais
conhecida como ‘The Lady in Gold’ e trouxe uma narrativa interessante
valorizando a cultura e o ambiente do país europeu na década de 90 e em meados
a guerra. Somando a solidez na performance da atriz Helen Mirren, mas não com o
brilho na direção de Simon Curtis.
Morando
em Los Angeles no ano de 1998, após fugir de sua cidade natal na Áustria no
período da 2ª Guerra Mundial, a judia Maria Altman (Helen Mirren) decide
recuperar todos os bens da família apreendido pelos nazistas, mas para essa
jornada ela precisa contar com a ajuda do inexperiente advogado (Ryan Reynolds)
e do jornalista austríaco (Daniel Bruhl).
Retratando
os anos do período de guerra e a batalha jurídica entre Altman e o governo
austríaco, o roteiro assinado por Alexi Kaye Campbell não fugiu das “frases
feitas”, utilizou de muitos flashbacks para narrar a juventude da protagonista
tornando esta balança entre o passado e o presente desequilibrado. Em momentos,
o enredo do período de guerra chama mais a atenção do espectador, mas dura
apenas poucos minutos e o filme não passa aquele drama, tensão, o suspense e os
males da 2ª Guerra.
Ponto
curioso na trama foi o retrato da época quando aparece à tia Adele Bloch-Bauer,
que a fotografia se destacou utilizando uma cor amarela fosca para representar
a data mais antiga do longa. Porém com
falhas na edição, ao representar o presente e o tempo vivido por Altman na
juventude a fotografia não tem esse mesmo destaque, mas sempre buscou valorizar
o belo cenário austríaco.
Com
fracas atuações em seus últimos filmes (‘A Procura’ e ‘The Voices’), Ryan
Reynolds melhora, mas ainda não convenceu e está muito abaixo da protagonista
Helen Mirren. O filme ainda conta com a pequena aparição de Charles Dance (do
ótimo Tywin Lannister em ‘Game of Thrones’), a boa apresentação de Tatiana
Maslany interpretando Maria Altman quando jovem e a encantadora alemã Antje
Traue vivendo sua tia Adele Bloch-Bauer - a inspiração de Gustav Klimt,
presenteando o povo austríaco como a “Mona Lisa da Áustria”, o quadro ‘Woman in
Gold’.
Baseado em fatos reais, o previsível ‘A Dama Dourada' trouxe um enredo interessante envolvendo principalmente os amantes de arte e apresentando a cultura austríaca com o consagrado quadro de Gustav Klimt, e uma trilha se destacando apenas no ultimo ato da trama. Entretanto o drama e a emoção estavam fora dos planos nesse trabalho de Simon Curtis.
NOTA: 6,1
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