A criatividade do realizador Seth MacFarlane
dando vida a um urso de pelúcia impudico, malcriado, viciado em erva, sem um
mínimo de conduta e engraçado chamado Ted foi alvo de sucessos tanto das
críticas quanto na bilheteria em 2012 em um roteiro totalmente original. Porém, a tal engenhosidade e entretenimento não
se repete no roteiro esquecido em ‘Ted 2’.
Iniciando
o novo projeto em uma narrativa em off,
o urso Ted (voz de Seth MacFarlane)
casa com Tami - Lynn (Jessica Barth) e nos meios aos transtornos do
casamento, o casal pretende adotar um bebe. No entanto, Ted não tem direito a
uma inseminação artificial, pois ele é visto como uma propriedade perante o
Estado e junto com seu melhor amigo John (Mark Wahlberg) eles vão atrás da
advogada Samantha (Amanda Seyfreid) para conseguir seu direito como cidadão.
Como
todos já conhecem as características do urso, em meio às palhaçadas convencionais
e parvoíces fez a narrativa. Diferente de 2012, o ritmo cômico não é o mesmo e
as aventuras não são divertidas e muito menos criativas; a cada um novo
ambiente o espectador já sabe o que esperar. Outro ponto crucial na trama é
desperdiçado com seu longo trailer mostrando as melhores piadas do filme.
O
roteiro é problemático, as piadas são forçadas e não funcionam em boa parte do
filme. Sem relevância nenhuma, o roteiro traz o personagem Donny (Giovanni
Ribisi) que não precisava, apresentou cenas desnecessárias e são poucas as boas
piadas que são semelhantes ao primeiro filme fazendo referencias a cultura pop,
de modo especial para séries e filmes (e não são todos que estão por dentro dos
assuntos podendo passar algumas piadas abatidas). Um ótimo exemplo foi a idéia
da trilha sonora clássica de Jurassic Park.
Apesar de trazer personagens sem fundamento,
é incrível a química entre Mark Wahlberg e o urso Ted. Sendo destaque do
primeiro filme, aqui se repete com Wahlberg
mostrando estar cada vez mais a vontade em seu papel, a voz de MacFarlane
continua sendo um dos pontos mais positivos da trama, como também a eficiência
dos efeitos visuais. No lugar de Mila Kunis, Seyfreid está bem dentro do que o
filme propõe, vivendo uma advogada descolada e por fora da cultura pop, ela é
alvo de várias piadas, porém não tem a mesma presença feminina da primeira.
Durante ‘Ted 2’
vai ser comum os cinéfilos visualizar o visor do celular umas duas ou três
vezes nos longos 120 minutos. Uma dica para quem busca encontrar diversão no filme e no cinema: não
assiste o trailer e temos em cartaz 'Missão Impossível' e 'Expresso do Amanhã'.
NOTA: 5,3
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