Estreias

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Crítica - 'Mortdecai: A Arte da Trapaça'


        Jack Sparrow está de volta nas telas do cinema. Ops! Confundi, na verdade  é Charles Mortdecai  personagem vivido por Johnny Depp em seu novo filme ‘Mortdecai – A Arte da Trapaça’. Amado por muitos e traz consigo personagens acentuados, Depp emenda mais um fracasso de bilheteira (como ‘Transcedente’ e ‘Cavaleiro Solitário’ ) e tenta  construir mais um personagem  a altura do capitão em ‘Piratas do Caribe’.                          
          
      Na trama, o colecionador de obras de arte – Charles Mortdecai (Johnny Depp) , está em divida com a Coroa Britanica e quando o agente Martland (Ewan McGregor) bate em sua porta, ele vê novos horizontes para sair dessa crise e tem a missão de encontrar  uma obra de arte roubada que possui um código vinculado em um banco cheio de ouros dos nazistas.                     


         Inspirado na obra de Kyril Bonfiglioli, o enredo é divertido e tem potencial mas a  adaptação caiu nas mãos erradas do roteirista Eric Aronson  que simplesmente não soube definir qual seria seu foco principal na trama. Esse foi apenas um dos problemas, o outro foram as inúmeras piadas e falas relacionado com o bigode de Mortdecai (esse ainda acaba sendo o principal motivo do conflito com sua esposa), a não linearidade do roteiro  que combinado com a direção utilizou flashbacks desnecessarios e apresentando muitos personagens irrelevantes, não sabendo aproveitar seu forte elenco.

       Com um elenco de peso, o filme  traz  Gwyneth Patrow, Ewan McGregor e Paul Bettany e nem por isso eles são capazes de engrandecer o que a fraca direção e o roteiro demonstram. A direção de David Koepp em algumas cenas é confusa com mau posicionamento dos personagens, focava em algo dispensável, exagerou a personalidade de Mortdecai e acabou sendo o responsável por pouco contribuir com as atuações          

    Dentre elas, Depp está bem, rouba a cena com toda sua elegância (até nos momentos de tensão ele nunca perde a postura), mas sua atuação soa de forma exagerada e seus trejeitos do famoso capitão Sparow são visíveis. Patrow também está bem no filme, parece estar a mais confortável no elenco. Já os outros parecem ser deixados de lado e pouco acrescentam. 
                      
   Com uma atmosfera caricatural, o filme tem momentos que consegue divertir e a trilha sonora favoreceu, assim como o figurino na elegância dos personagens. Mortdecai – A Arte da Trapaça’  tinha potencial, pois apresenta um bom enredo e personagens interessantes, foi uma pena ter caído em mãos erradas.

NOTA: 5,8



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