Sinopse: Billy "The Great" Hope (Jake Gyllenhaal),
um lutador, trilha seu caminho rumo ao título de campeão enquanto enfrenta
diversas tragédias em sua vida pessoal. Além das batalhas nos ringues, ele é
forçado a lutar para conquistar o amor e o respeito de sua filha, em uma busca
por redenção.
Lançamento; 10 de
setembro de 2015 (2h4min)
Gênero: Drama
Dirigida por: Antoine Fuqua
Atores principais: Jake Gyllenhaal, Rachel McAdams, Naomie Harris, Forest
Whitaker, Victor Ortiz, Tyrese Gibson, Miguel Gomez
Sinopse: Este é o início da história de Frank Martin (Ed
Skrein), que acaba se tornando um famoso transportador de mercadorias
perigosas. Como sempre, não questiona a origem nem o uso dos produtos que
carrega. Um dia, recebe a missão de levar três mulheres pela Riviera Francesa,
até descobrir que o contrato é uma armadilha para forçar Frank a enfrentar um
grupo de traficantes russos. Com o sequestro de seu pai, Frank põe em ação
todos os meios possíveis para salvá-lo e fugir dos planos criados por seus inimigos.
Sinopse: “Na esperança de fazer com que sua família fique mais unida
e recriar suas férias de infância para seus filhos, um adulto Rusty Griswold
(Ed Helms) leva sua esposa e seus dois filhos em uma viagem atravessando o país
até o parque temático mais legal da América, Walley World. Não é necessário
dizer que as coisas não saem como o planejado.”
Lançamento: 10 de
setembro de 2015 (1h39min)
Gênero: Comédia
Dirigida por: John Francis Daley
Atores principais: Ed Helms, Christina Applegate, Chris Hemsworth, Leslie Mann,
Charlie Day, Chevy Chase, Michael Pena
Finalmente,
‘Expresso do Amanha’ estreou no Brasil e provando que existe originalidade no
cinema atual. E o responsável por entregar novas idéias ao gênero de ficção
cientifica, criando um mundo brilhantemente surreal em um roteiro recheado de
temas inerentes a realidade atual - é o cineasta sul coreano Boon Joon Ho, seu
primeiro filme em inglês depois de realizado o ótimo ‘Hospedeiro’.
Baseado
em HQ francesa chamada ‘Le Transperceneige’ inspirada no cenário mundial, a
tentativa do governo em cessar o aquecimento global por meio da substancia
refrigerante CW-7 é fracassada, resultando no congelamento total do planeta. O
engenheiro Wilford (Ed Harris) acabou se tornando líder ao construir um enorme
trem salvando boa parte da população e o dividindo por meio de classes sociais,
onde os ricos são localizados da parte dianteira do trem e os pobres na
“cauda”.
Cada
vagão é comandado pelos soldados de Wilford no interesse de manter aquele mundo
dentro do trem sob controle. Mas, o pessoal situado na “cauda” do trem está
insatisfeito e o líder (Chris Evans) começa uma nova rebelião para conseguir os
seus direitos e controlar as maquinas.Com isso tem inicio a uma serie de descobertas e passagens fortemente
ligadas ao mundo atual para cada novo vagão.
Como o filme se passando apenas dentro do
trem, é fascinante como Joon Ho idealiza a cada uma nova seção. Quando achamos
que vimos de tudo, ele nos surpreende. Concebendo um mundo pós-apocalíptico
criativo, criando uma atmosfera claustrofóbica e desenrolando a trama com
ótimas cenas de ação, violentas e, um jogo de câmera muito interessante tornando
essa imensa locomotiva a protagonista.
Com
uma direção sólida e um roteiro inteligente, ‘Expresso do Amanha’ também conta
com um elenco de primeira. A começar por Evans o encabeçado a liderar a classe
dos trabalhadores rumo ao primeiro vagão, O Capitão América mais uma vez
mostrou sua veracidade nos momentos de ação protagonizando o tenso Curtis.
Destaque também para a irreconhecível Tilda Swinton roubando a cena com sua
personagem desequilibrada. O filme ainda conta com a presença de Jamie Bell, o melhor
amigo de Curtis, Kang-ho Song, o criador do sistema de porta do trem, Ed
Harris, e John Hurt. E todos têm ótimas presenças sendo relevante a trama.
Quando
tudo caminhava perfeitamente nos longos 120 minutos, ‘Expresso do Amanhã’ caiu
no clichê em seus últimos minutos e pecou em seu ato final. Mas trouxe um
roteiro original carregado de críticas ligado a sociedade atual, é sádico,
apresentou cenários interessantes e vale a pena ser visto.
A criatividade do realizador Seth MacFarlane
dando vida a um urso de pelúcia impudico, malcriado, viciado em erva, sem um
mínimo de conduta e engraçado chamado Ted foi alvo de sucessos tanto das
críticas quanto na bilheteria em 2012 em um roteiro totalmente original. Porém, a tal engenhosidade e entretenimento não
se repete no roteiro esquecido em ‘Ted 2’.
Iniciando
o novo projeto em uma narrativa em off,
o urso Ted (voz de Seth MacFarlane)
casa com Tami - Lynn (Jessica Barth) e nos meios aos transtornos do
casamento, o casal pretende adotar um bebe. No entanto, Ted não tem direito a
uma inseminação artificial, pois ele é visto como uma propriedade perante o
Estado e junto com seu melhor amigo John (Mark Wahlberg) eles vão atrás da
advogada Samantha (Amanda Seyfreid) para conseguir seu direito como cidadão.
Como
todos já conhecem as características do urso, em meio às palhaçadas convencionais
e parvoíces fez a narrativa. Diferente de 2012, o ritmo cômico não é o mesmo e
as aventuras não são divertidas e muito menos criativas; a cada um novo
ambiente o espectador já sabe o que esperar. Outro ponto crucial na trama é
desperdiçado com seu longo trailer mostrando as melhores piadas do filme.
O
roteiro é problemático, as piadas são forçadas e não funcionam em boa parte do
filme. Sem relevância nenhuma, o roteiro traz o personagem Donny (Giovanni
Ribisi) que não precisava, apresentou cenas desnecessárias e são poucas as boas
piadas que são semelhantes ao primeiro filme fazendo referencias a cultura pop,
de modo especial para séries e filmes (e não são todos que estão por dentro dos
assuntos podendo passar algumas piadas abatidas). Um ótimo exemplo foi a idéia
da trilha sonora clássica de Jurassic Park.
Apesar de trazer personagens sem fundamento,
é incrível a química entre Mark Wahlberg e o urso Ted. Sendo destaque do
primeiro filme, aqui se repete com Wahlberg
mostrando estar cada vez mais a vontade em seu papel, a voz de MacFarlane
continua sendo um dos pontos mais positivos da trama, como também a eficiência
dos efeitos visuais. No lugar de Mila Kunis, Seyfreid está bem dentro do que o
filme propõe, vivendo uma advogada descolada e por fora da cultura pop, ela é
alvo de várias piadas, porém não tem a mesma presença feminina da primeira.
Durante ‘Ted 2’
vai ser comum os cinéfilos visualizar o visor do celular umas duas ou três
vezes nos longos 120 minutos. Uma dica para quem busca encontrar diversão no filme e no cinema: não
assiste o trailer e temos em cartaz 'Missão Impossível' e 'Expresso do Amanhã'.
Sinopse: “A sequência para o filme de sucesso de terror de
2012. Na sequência dos acontecimentos chocantes de “A Entidade”, uma mãe
protetora (Shannyn Sossamon) e seus filhos gêmeos de 9 anos de idade,(gêmeos da
vida real Robert e Dartanian Sloan) encontram-se em uma casa no campo marcados
para morrer, enquanto o espírito do mal de Buhguul continua a espalhar-se com
intensidade assustadora.”
Lançamento: 3 de
setembro de 2015 (1h38min)
Gênero: Terror
Dirigida por: Ciaran Foy
Atores principais: Shannyn Sossamon, Robert Sloan, Dartanian Sloan, James
Ransone, Tate Ellington, Nicholas King
Sinopse: “Thomas (Dylan O’Brien) e seus companheiros Gladers
enfrentam seu maior desafio até agora: em busca de pistas sobre a misteriosa e
poderosa organização conhecida como WCKD. Essa viagem leva-os para O Scorch,
uma paisagem desolada cheia de obstáculos inimagináveis. Unindo-se aos
combatentes da resistência, os Gladers enfrentam as forças vastamente
superiores de WCKD e descobrem seus planos chocantes para todos eles.”
Lançamento: 17 de
setembro de 2015
Gênero: Ação, Ciência ficção
Dirigida por: Wes Ball
Atores principais: Dylan Obrien, Thomas Brodie-Sangster, Kaya Scodelario, Ki
Hong Lee, Patricia Clarkson, Aidan Gillen, Rosa Salazar, and Jacob Lofland
Não
há quem o substitua, o astro está de volta. Arriscando nas mais perigosas cenas
de ação, Tom Cruise provou mais uma vez ser o destaque na franquia na pele de
Ethan Hunt, agora em ‘Missão Impossivel – Nação Secreta’. Não só
protagonizando, Cruise produziu, mostrou ser corajoso ao realizar cenas sem
dublês e até mesmo ajudou no roteiro ao lado do diretor Christopher McQuarrie (do
bom ‘Jack Reacher – O Ultimo Tiro’) exibindo as telas empolgantes seqüências de
ação.
Logo no inicio
o espectador é ansiado com uma ótima dose de uma tensa ação, afinal, Tom Cruise
se pendura em um avião durante uma decolagem com o objetivo de encontrar um
‘pacote’ para sua equipe. Com uma qualidade incrível ao som inquietante e a
imagem valorizando a grandeza da cena. Detalhe, aquela fantástica cena vista no
trailer é apenas um aperitivo.
Enfrentando series de missões impossíveis, o
fugitivo Hunt tem a tarefa de combater um filial de ex-agentes secretos
responsáveis por atos globais de terrorismo chamado Sindicato. Ao mesmo tempo,
com a sua agência IMF sendo totalmente dissolvida pela CIA por ser imprudente.
Resta a Hunt contar com seu amigo Benji (Simon Pegg) e impedir o Sindicato de
seguir seus planos.
Pela
primeira vez na franquia, temos um mesmo diretor e roteirista: Christopher
McQuarrie, respeitando a franquia resgatando as artimanhas dos capítulos anteriores
como o truque visual, a desconfiança da imagem e dando seu toque autoral – com
uma ótima visão para as cenas de ação, colocando os cinéfilos na pele do
protagonista em uma empolgante missão envolvendo uma perseguição de motos. E
narrando ações atrás de ações, em uma trilha sonora eletrizante ditando o ritmo
do filme mesclando euforia e nostalgia.
Variando
com cenas boas e memoráveis de ação, McQuarrie encontrou a combinação perfeita
para a ação, tensão e humor. Não foram apenas cenas comuns, mas sim com um
clima de suspense vidrando os olhos do espectador as tensas trilhas com aprecio
da opera. O humor na produção é mais uma vez por conta de Simon Pegg, que está
muito bem servindo como o alivio cômico da trama.
Todas
as características que tornou Cruise um astro, está de volta! Seu carisma é
essencial para criarmos uma simpatia por ele, sua habilidade ao incorporar Hunt
com ótima expressão física e deixa espaço para Rebecca Ferguson roubar a cena.
Ferguson está excelente vivendo a misteriosa Ilsa Faust criando duvidas a todos
qual a sua verdadeira intenção, trazendo uma forte presença feminina e uma
ótima química com Cruise.
A clássica
história tem todos os elementos dos filmes de espionagem. O roteiro não foge
muito do convencional e trouxe um vilão pouco convincente. Apesar dos clichês,
eles são todos muito bem trabalhados. ‘Missão Impossivel – Nação Secreta’
apresentou ótimas ambientações de vários países, as reviravoltas são
emocionantes, a ação é fantastica, é o mais sofisticado, portanto diverte seu
publico e merece sua vaga na sala do cinema.
‘Crimes
Ocultos’ (‘Child 44’) remete ao sombrio ano de 1950 na União Soviética de
Stalin envolvendo uma onda de assassinatos de crianças em diversas regiões do
país. A premissa promissora do suspense baseado no interessante Best- seller de
Tom Rob Smith chama atenção, assim como grandioso elenco composto por: Tom
Hardy, Noomi Rapace, Gary Oldman, Joel Kinnaman. Porém, o filme não extraiu a
verdadeira essência da obra e pouco criou os mistérios acerca dos fatos.
A
adaptação trouxe a questão política de um governo totalitário defendendo a tese
de uma sociedade perfeita: o comunismo. Diante disso, terá que enfrentar o proeminenteagente da MGB (Tom Hardy),
cujo espião tem como função encontrar traidores no regime socialista e
capturá-los; no caso o responsável pelos inúmeros assassinatos de crianças,
apelidado como, Estripador de Rostov ou Estripador Vermelho.
O
retrato realista e sombrio da Cortina de Ferro foi apenas o único acerto da
direção de Daniel Espinosa. Criando um ambiente opressor e obscuro do regime, lidando
com uma câmera tremida trazendo uma maior realidade à trama, acompanhado de uma
fotografia com cores vivas, valorizando os belos cenários da URSS e com um
ótimo figurino de época. Não pode dizer o mesmo nos momentos de ação,
tornando-as incompreensíveis e pouco empolgantes.
Após
no ótimo ‘Mad Max – Estrada de Fúria’, Tom Hardy foi a grande escolha de
Espinosa, sendo o único personagem sólido ao acertar no sotaque russo,
diferente dos coadjuvantes. Com muitos personagens jogados ao longo dos
subtramas, o elenco é ótimo, mas não compensa a falta de desenvolvimento que o
roteiro representa. Apesar de contar com grandes nomes como Noomi Rapace, Gary
Oldman, Joel Kinnaman, a dupla policial de ‘The Absent One’ - Fares Fares e
Nicolaj Lie Kaas, e a pequena participação de Charles Dance, nem o diretor e
nem o roteiro não soube aproveitá-los.
Com
muitos subgêneros, o filme não tem um foco, pouco apresentando o real conteúdo
da adaptação e um motivo para o espectador ficar acordado nos longos 138
minutos, trazendo pouca tensão e clichês em todos os gêneros. Repleto de
reviravoltas envolvendo homens de alto escalão do governo, o serial killer é
desmascarado logo cedo e o suspense passa a ser inexistente. Se há algo
positivo a retirar da trama é a ótima dinâmica originada a cerca do
relacionamento entre Tom Hardy e Noomi Rapace, esta ultima vista como uma
traidora.
Sem mistérios e pouco
suspense, o clímax soou rápido e pouco empolgou. ‘Crimes Ocultos’ tinha tudo
para ser bom, mas acabou desperdiçando um bom roteiro e um ótimo elenco.
Sinopse: No início dos anos 60, o agente da CIA, Napoleon Solo, e o
espião da KGB, Illya Kuryakin, participam de uma missão em conjunto contra uma
misteriosa organização criminosa, que está trabalhando para proliferar armas
nucleares.
Lançamento: 3 de
setembro de 2015 (1h57min)
Gênero: Ação, Aventura, Comédia
Dirigida por: Guy Ritchie
Atores principais: Henry Cavill, Armie Hammer, Hugh Grant, Alicia Vikander,
Elizabeth Debicki, Jared Harris, Alexander Hathaway
Sinopse: A jovem Jay (Maika Monroe) é uma típica
adolescente, cheia de sonhos e interessada nos garotos da escola. Após um
encontro sexual ela é contaminada por uma força sobrenatural que abala a sua
vida drasticamente. Jay passa a sentir uma grande agonia e tem a sensação de
que algo está atrás dela.
Lançamento; 27 de
agosto de 2015 (1h40min)
Dirigido por; David
Robert Mitchell
Atores Principais: Maika
Monroe, Keir Gilchrist, Daniel Zovatto
Amor
e guerra unidos no paradoxo da vida. Quando essas duas palavras são contadas de
maneira emocionante e inteligente inspiram as mais belas obras. Assim foi feito
‘Testamenth Of Youth’, baseado no best-seller autobiográfico da britânica Vera
Brittain. E nada mais justo dispor de Alicia Vikander como protagonista.
Em
memórias de Vera Brittain (Alicia Vikander), a trama nos leva a Inglaterra,
meses antecedentes ao inicio da 1ª Guerra Mundial. Vera, uma mulher de
personalidade forte almejando entrar na eminente universidade de Oxford, é
filha de uma tradicional família convivendo com seu irmão Edward (Taron
Egerton) e os amigos deste ultimo.
Em
meio ao reboliço familiar, chega Roland Leighton (Kit Harington), um amigo de
família e facilmente se entregando aos encantos de Vera. Mas, com a guerra se
aproximando todas as pessoas próximas de Vera se alistam no exército, restando
a ela se voluntariar como enfermeira a ponto de estar próxima a eles.
A
adaptação não-linear comandada pelo diretor James Kent tem um ritmo vagaroso em
um filme tecnicamente impecável e inteligente. Na primeira metade o longa
desenvolveu a impetuosa Brittain buscando seus sonhos e a sua relação com seu
novo amor Leighton. O inteligente foi da parte de Kent com esquemas de cores e
iluminação corretas, como o uso de trajes e iluminações claras para a
felicidade ou trajes escuros e uma iluminação escassa em momentos lúgubres,
para o crescimento e emoções da protagonista muito bem representada na ótima
performance de Vikander. O
filme não seria o mesmo senão fosse por ela: Alicia Vikander. Mais uma vez, a
atriz emenda mais um ótimo trabalho após ‘Ex-Machina’ em uma atuação nível
Oscar, carregando uma enorme carga emocional desde aos seus olhos perdidos a
uma apaixonada - em um roteiro exigindo bastante principalmente na segunda
metade marcada pelos horrores da guerra. Ela deixa o bom ator Kit Harington (o
querido e ótimo Jon Snow em ‘Game of Thrones’) mero coadjuvante, assim como
Taron Egerton (do promissor ‘Kingsman – Serviço Secreto’). Não
foram apenas os personagens favorecidos na trama, mas sim o espectador. Parece
que estamos presenciando a 1ª Guerra Mundial, no talento da ótima fotografia
com tonalidade fosca, sépia e uma iluminação clara associada à competência da
direção de arte retratando perfeitamente a época, levando os cinéfilos aos
horrores da Guerra quando Brittain se torna enfermeira.
A
segunda metade marcado com um maior peso dramático, Kent fez bem em não
arrastar o sofrimento empregando cortes para mudança de cenas. ‘Testamenth Of
Youth’ é uma clássica história apresentando os mesmos resquícios de outros
filmes envolvendo o romance e a guerra não acrescentando nada de inovador em
seu ritmo lento. Cinematograficamente fascinante com uma linda trilha sonora instrumental
melodramática e finalizando com uma dedicatória; levando o espectador a
lagrimas nos olhos em uma historia bonita, triste e comovente.
Mais
uma história envolvendo o cenário da 2ª Guerra Mundial em fatos reais. ‘A Dama
Dourada’ inspirou na belíssima obra do pintor austríaco Gustav Klimt, mais
conhecida como ‘The Lady in Gold’ e trouxe uma narrativa interessante
valorizando a cultura e o ambiente do país europeu na década de 90 e em meados
a guerra. Somando a solidez na performance da atriz Helen Mirren, mas não com o
brilho na direção de Simon Curtis.
Morando
em Los Angeles no ano de 1998, após fugir de sua cidade natal na Áustria no
período da 2ª Guerra Mundial, a judia Maria Altman (Helen Mirren) decide
recuperar todos os bens da família apreendido pelos nazistas, mas para essa
jornada ela precisa contar com a ajuda do inexperiente advogado (Ryan Reynolds)
e do jornalista austríaco (Daniel Bruhl).
Retratando
os anos do período de guerra e a batalha jurídica entre Altman e o governo
austríaco, o roteiro assinado por Alexi Kaye Campbell não fugiu das “frases
feitas”, utilizou de muitos flashbacks para narrar a juventude da protagonista
tornando esta balança entre o passado e o presente desequilibrado. Em momentos,
o enredo do período de guerra chama mais a atenção do espectador, mas dura
apenas poucos minutos e o filme não passa aquele drama, tensão, o suspense e os
males da 2ª Guerra.
Ponto
curioso na trama foi o retrato da época quando aparece à tia Adele Bloch-Bauer,
que a fotografia se destacou utilizando uma cor amarela fosca para representar
a data mais antiga do longa. Porém com
falhas na edição, ao representar o presente e o tempo vivido por Altman na
juventude a fotografia não tem esse mesmo destaque, mas sempre buscou valorizar
o belo cenário austríaco.
Com
fracas atuações em seus últimos filmes (‘A Procura’ e ‘The Voices’), Ryan
Reynolds melhora, mas ainda não convenceu e está muito abaixo da protagonista
Helen Mirren. O filme ainda conta com a pequena aparição de Charles Dance (do
ótimo Tywin Lannister em ‘Game of Thrones’), a boa apresentação de Tatiana
Maslany interpretando Maria Altman quando jovem e a encantadora alemã Antje
Traue vivendo sua tia Adele Bloch-Bauer - a inspiração de Gustav Klimt,
presenteando o povo austríaco como a “Mona Lisa da Áustria”, o quadro ‘Woman in
Gold’.
Baseado em fatos reais, o previsível ‘A Dama Dourada' trouxe um enredo interessante envolvendo principalmente os amantes de arte e apresentando a cultura austríaca com o consagrado quadro de Gustav Klimt, e uma trilha se destacando apenas no ultimo ato da trama. Entretanto o drama e a emoção estavam fora dos planos nesse trabalho de Simon Curtis.
Os
bons trabalhos em ‘A proposta’ e ‘Minha mãe é uma viagem’ não se repetem no
novo projeto da diretora Anne Fletcher, ‘Belas e Perseguidas’. A mercê do desleixado
roteiro, sua direção seguiu o mesmo caminho e nem a oscarizada Reese
Witherspoon compensa os colossais erros da trama.
A
comédia, se é que podemos chamar assim. Gira entorno de uma policial
atrapalhada e durona (Reese Witherspoon) encarregada de escoltar uma importante
testemunha sedutora e tresloucada (Sofia Vergara) junto com seu marido para
depor contra um temido traficante. Com personalidades distintas em um mundo
onde existe a atraente e a feia (uma personagem confundida com um garoto
adolescente), após um incidente elas são alvos dos bandidos e da própria
policia.
Sem
desenvolvimento de nada, tudo acontece de maneira repentina, às pressas, sem
explicação. Com diálogos excessivos por
conta da personalidade principal da policial: tagarela, isso deu um ritmo ágil
ao filme compensando a lentidão das montagens. Pelo menos o espectador consegue
ficar acordado, mas estará de frente com cenas vistas em outras comédias,
outras sem graça assim como as piadas. Mas tudo acontece de maneira tão
atrapalhada que no mínimo consegue entreter até.
Ganhadora
de uma estatueta no Oscar, Witherspoon fez um bom trabalho incorporando a
atrapalhada, certinha e durona policial. Um pouco abaixo, Vergara caiu bem no
papel de uma sedutora; e ambas apresentaram um ótimo timing cômico salvando os
desastres da trama, diante de um roteiro problemático. Sem aperfeiçoamento dos
personagens, os coadjuvantes são péssimos e pouco acrescentou a história. Ao
menos a diretora Fletcher acertou em algum ponto: deixar as protagonistas à
vontade em seus papeis.
Não
apenas sem graça, o clichê tomou conta durante os quase 90 minutos da “comédia”.
Com uma história previsível, cenas comuns vistas em outros filmes do gênero,
diálogos desprezíveis e desnecessárias. Onde tudo é jogado na trama, é
incompreensível o trabalho de Fletcher consagrando ‘Belas e Perseguidas’ a
disputa dos piores filmes do ano.
Sinopse: Agente 47 (Rupert Friend) é um assassino de elite
geneticamente modificado criado para ser a máquina de matar perfeita. Agora,
ele precisa caçar uma mega operação que pretende usar o segredo de sua criação
para a formação de um exército imbátivel. Ao juntar forças com uma misteriosa
jovem, que pode ser o diferencial para o sucesso desta missão, ele vai
descobrir segredos de sua origem em uma batlha épica contra sue maior inimigo.
Lançamento: 27 de
agosto de 2015 (1h25min)
Gênero: Ação, Crime, Drama, Thriller
Dirigido por: Aleksander
Bach
Atores Principais: Rupert Friend,
Hannah Ware, Zachary Quinto
Sinopse: Continuação do seriado Entourage, que apresentava
os bastidores de Hollywood e seguia as aventuras do ator Vincent Chase (Adrian
Grenier), do agente Ari Gold (Jeremy Piven) e dos amigos Eric (Kevin Connolly),
Turtle (Jerry Ferrara) e Johnny (Kevin Dillon). Dirigido por Doug Ellin.
Lançamento: 20 de
agosto de 2015 (1h45min)
Gênero: Comédia
Dirigida por: Doug Ellin
Atores principais: Kevin Connolly, Adrian Grenier, Kevin Dillon, Jerry Ferrara,
Jeremy Piven
Parece
que um novo gênero vem ganhando força no cinema atual: espionagem e comédia. E
quando esses dois elementos são associados de maneira inteligente e harmônica,
vem rendendo ótima diversão e gargalhadas. Foi assim com ‘Kingsman – Serviço
Secreto’ no inicio do ano e dessa vez com a ‘A Espiã que Sabia de Menos’ (‘Spy’
nome original), homenageando as diversas obras clássicas do gênero.
Com
todas as idéias clássicas dos filmes de espionagem, até com a cena de abertura
semelhante aos 007, o roteirista e diretor Paul Feig é o responsável por
mesclar um ótimo tom de humor durante a perseguição envolvendo os agentes do
CIA. Seu grande trunfo foi na escolha de um notável elenco tanto para a comédia
e ação, a começar pela comediante Melissa McCarthy arrancando boas risadas, o
acima da média Jude Law, Jason Statam e Rose Byrne.
O
sujeito à la James Bond é Bardley Fine (Jude Law), um agente talentoso e sempre
convocado para as missão de campo, é
auxiliado pela agente Susan Cooper (Melissa McCarthy). Ela o ajuda dentro do
escritório de organização, sendo os ouvidos e olhos de Fine.Porém a missão é fracassada, e Cooper é posta
a ser a nova agente de campo a fim de concluir a tarefa.
Criando estereótipos únicos para seus personagens, todo o elenco aprofundou em seus papeis de maneira divertida. Primeiro, o filme não seria a mesma sem Melissa McCarthy brincando com seu porte físico e seu arsenal de xingamentos. Segundo, os coadjuvantes Jude Law, vivendo um agente galã. Jason Statham outro agente da CIA mostrando ser o dono do pedaço, quem diria que o britânico fosse tão engraçado? Rose Byrne e seus trejeitos com sotaque forçado e expressão corporal esdrúxula. Outro personagem e talvez o mais cômico da trama é Peter Serafinowicz vivendo Aldo, um italiano apaixonado pela a agente Susan – todos tem um perfeito timing cômico e arrancam boas risadas do espectador.
As
atuações não seriam as mesmas senão fosse a criatividade de Feig em seu forte
roteiro. Os diálogos são engraçados (Cooper e Reina, e as falas de Statham), há
exagerados palavrões por mais que o clima do filme favorece isso, o que ajudou
no desenvolvimento do personagem. Outro acerto do diretor é o tom de humor ao
longo dos 120 minutos, com diálogos bizarros, nos momentos de ação - com cenas
de violência gráfica, uma boa edição de som e a estética, favorecendo tal
façanha.
A
paródia inspirou nos elementos clássicos dos filmes de espionagem: lutas corpo
a corpo, carros luxuosos e uma ambientação fascinante levando o espectador para
Paris, Roma e Budapeste. O filme é
previsível e contou com reviravoltas pouco convincentes e não era preciso todos
os 120 minutos. Mesmo assim, diante de um ano com enormes fracassos do gênero,
‘A Espiã que Sabia de Menos’ é uma ótima opção para entretenimento, induz os
cinéfilos a boas risadas, e disparado o melhor filme de comédia deste ano até
então.
A
autora em destaque no momento, Gillian Flynn vem inspirando o cinema com o
brilhantismo de suas obras. Foi assim o caso do sucesso do suspense ‘Garota
Exemplar’ com uma ótima performance de Rosamund Pike. Porém, a palavra sucesso
não pode dita novamente em sua nova adaptação, ‘Lugares Escuros’ trazendo
também uma das melhores atrizes do momento: Charlize Theron.
‘Lugares
Escuros’ desta vez não tem um envolvimento maior da autora e conta com vários
elementos parecidos de seu ultimo sucesso no cinema, o clima oprimido, o drama
envolvido e os resquícios de violência tudo associado a um inteligente roteiro.
O filme chegou cheio de promessas por conta de um grandioso elenco incluindo
Charlize Theron, a promissora Cloe Grace Moretz e Nicholas Hoults (novamente ao
lado de Theron depois de ‘Mad Max – Estrada de Fúria’). Os fãs têm tudo para
gostar da produção no comando de Gilles Paquet-Brenner, mas longe de ser um
David Fincher.
A
adaptação acompanha Libby Day (Theron), uma mulher traumatizada ao ver sua mãe
e suas irmãs mortas ainda quando pequena testemunhando contra seu próprio
irmão, Ben, no tribunal. Após 30 anos, ela aceita o convite de Lyle (Hoults) a
participar de um clube de pessoas interessadas em crimes não solucionados, por
conta de seus problemas financeiros. Juntos, eles buscam a verdade desse
mistério.
A
trama é interessante de Flynn, e Brenner conseguiu nos 113 minutos prender o
espectador criando uma ótima atmosfera de tensão, angustia e mistério. Com seu
confuso inicio, nos minutos inicias não sabemos o real objetivo da história e o
roteiro não desenvolveu seus personagens; apenas a protagonista. Mas, conforme
os minutos vão se passando a narrativa vem ganhando força a cada segredo
revelado e um maior envolvimento dos personagens.
Com
uma narrativa traçando dois paralelos entre o presente e o passado, os
acontecimentos do presente é a Libby Day procurar respostas de seu passado
visitando seu irmão Ben, preso na cadeia há duas décadas. Enquanto o passado
retrata todos os envolvidos a cerca de Ben, antes da noite do crime.
A
transição entre o presente e o passado apresentou uma ótima montagem mantendo
um bom ritmo do filme, como também a engenhosa fotografia para compor esses
dois tempos com tonalidades diferentes e com o uso de cores para construir os
personagens. Para a direção de arte,
não pode ser dito o mesmo. O que dificulta o espectador saber os períodos, por
não representar os cenários com 30 anos de diferença.
Apresentando inúmeros personagens sem fundamentos, sem profundidade e subgêneros fracos, uma solução sem clímax e deixando pontas soltas no caminho. Um roteiro com potencial, não foi muito bem explorado, mas acaba sendo compensando com um grande acerto da produção: o elenco. Charlize Theron emenda mais um ótimo trabalho após ‘Mad Max’ assim como a promissora Cloe Grace Moretz sendo um dos destaques. O suspense ‘Lugares Escuros’ é esquecível e longe de ser ‘Garota Exemplar’.