Cinematograficamente
sensacional, o diretor e roteirista Alejandro González Iñárritu inova em sua
nova obra ‘Birdman ou (A inesperada virtude da ignorância)’. Sua combinação perfeita desfrutando das
metalinguagens, das criticas abordadas no filme, e até mesmo na escolha
inteligente do seu protagonista Michael Keaton, foi o retrato para uma direção
absurda. Assim
conhecemos nosso protagonista Riggan Thomson (Michael Keaton), um ator conhecido
pelo sucesso de ‘Birdman’ no ano de 1992, longe do auge – lembra um pouco como
foi à carreira de Michael Keaton quando interpretou Batman no mesmo ano. Para
conseguir a fama e admiração, Thomson planeja retomar a sua carreira dirigindo,
escrevendo e protagonizando uma peça teatral.
Na
trama, o cenário voltado nos bastidores, mostra o conflito interno de Riggan
com a obsessão da fama, em querer a atenção e escutar a voz do arrependimento
do ‘Birdman’. Precisa lidar com sua filha (Emma Stone), uma jovem frustada e
seu companheiro de peça Mike (Edward Norton). Identificado
no papel, Michael Keaton surpreende, mostra sua melhor atuação e foi premiado a
concorrer no Oscar de 2015. Emma Stone atuou com os olhos e fez uma cena
fantástica contracenando com seu pai, e Edward Norton sendo Edward Norton. Ainda encontramos com Zach Galifianaki (‘Se
beber não case’) e Naomi Watts.
Coordenado
por planos sequência, Iñárritu foi impecável e deixa os cortes quase
imperceptíveis. Esses planos sequência têm
como objetivo de passar essa confusão na cabeça do personagem que Keaton atua em sua peça, mostrar o Birdman como se fosse algo fora de sua
imaginação, além de prender o espectador ao longo dos 120 minutos. Outro ponto
importante são os jogos de cores incríveis que o diretor faz para expressar
cada emoção do seu elenco. Sendo
fundamental para o filme a fotografia foi muito boa para elaborar tudo em
primeira tomada. Já a trilha sonora pouca presente e estranha caiu bem para o
longa, mas não foi notável. ‘Birdman’ apresenta um roteiro bem abaixo do que os
domínios técnicos demonstram. A direção foi essencial para envolver o publico
diferente do roteiro. Expondo criticas a Hollywood, a Broadway, aos atores,
super heróis e até os críticos de cinema. Diferente, inteligente, o filme não
teria o mesmo brilho senão fosse por Iñárritu mostrando suas habilidades e
entregando seu melhor trabalho da carreira.
NOTA: 7,9
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