Com
oito indicações incluindo melhor filme no Oscar 2015, mais um filme palco da 2ª
Guerra Mundial foi à vez de ‘O jogo da imitação’. O desconhecido diretor Morten
Tyldum em seu segundo trabalho nos apresenta a história do matemático Alan
Turing mostrando um trabalho sólido, mas sem grandes pretensões. Conta com
atuações brilhantes, principalmente de Benedict Cumberbacht.
Inspirado na obra de Andrew Hedges,
‘Alan Turing: The Enigma’, o roteiro adaptado baseado em fatos reais pelo
estreante Graham Moore conta a história de um calculista, frio, anti-social, e
gênio Alan Turing (Benedict Cumberbacht) convocado pela inteligência britânica
com o objetivo de decifrar o código alemão Enigma. Montando sua equipe, conhece
Joan Clarke (Keira Knightley) e com sua ajuda tenta esconder suas perturbações
sociais – sua homossexualidade, visto que naquela época, na Inglaterra, ser gay
era crime.
Ao
longo da narrativa não linear - por sinal muito bem feito por Tyldum –
apresenta flashbacks para a construção do nosso protagonista. O roteiro abusando dos clichês atropela com
muitos temas da vida de Turing, com o foco principal na ambição do matemático em
construir uma maquina na tentativa de decifrar o código nazista, apresenta
cenas teatrais durante a trama.
Conhecido
na série ‘Sherlock’, escalado para viver Alan Turing, Cumberbacht foi o grande
destaque do filme. Com toda aquela sua arrogância, frieza, suas falas soam bem
em cada cena, assim como seus gestos. Com certeza seu melhor desempenho. Já a
expressão contida, seu jeito mais doce – Keira Knightley também merece méritos.
Realmente ambas as atuações foram o ponto mais forte do filme.
O retrato da 2ª Guerra Mundial
contou com uma fotografia razoável a direção também pouco ambiciosa não soube
transmitir os sentimentos dos personagens dependendo muito da movimentação e
posicionamento do elenco. A tudo isso a boa trilha sonora conta com o francês
Alexandre Desplot (não tem bem quanto no ‘O Grande Hotel Budapeste), não deixa
de ser apreciada.
O
filme soube transmitir emoção principalmente com seu belo final narrando os
últimos suspiros de gênio Alan Turing com sua trilha sonora fantástica.
Merecido estar na corrida do Oscar assim como a brilhante interpretação do
nosso ‘Shelock’ - Benedict Cumberbacht.
NOTA: 8,0
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