Estreias

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Crítica - 'O Jogo da Imitação'



Com oito indicações incluindo melhor filme no Oscar 2015, mais um filme palco da 2ª Guerra Mundial foi à vez de ‘O jogo da imitação’. O desconhecido diretor Morten Tyldum em seu segundo trabalho nos apresenta a história do matemático Alan Turing mostrando um trabalho sólido, mas sem grandes pretensões. Conta com atuações brilhantes, principalmente de Benedict Cumberbacht.       

Inspirado na obra de Andrew Hedges, ‘Alan Turing: The Enigma’, o roteiro adaptado baseado em fatos reais pelo estreante Graham Moore conta a história de um calculista, frio, anti-social, e gênio Alan Turing (Benedict Cumberbacht) convocado pela inteligência britânica com o objetivo de decifrar o código alemão Enigma. Montando sua equipe, conhece Joan Clarke (Keira Knightley) e com sua ajuda tenta esconder suas perturbações sociais – sua homossexualidade, visto que naquela época, na Inglaterra, ser gay era crime.                                                                                                                         
Ao longo da narrativa não linear - por sinal muito bem feito por Tyldum – apresenta flashbacks para a construção do nosso protagonista.  O roteiro abusando dos clichês atropela com muitos temas da vida de Turing, com o foco principal na ambição do matemático em construir uma maquina na tentativa de decifrar o código nazista, apresenta cenas teatrais durante a trama.                         
                
Conhecido na série ‘Sherlock’, escalado para viver Alan Turing, Cumberbacht foi o grande destaque do filme. Com toda aquela sua arrogância, frieza, suas falas soam bem em cada cena, assim como seus gestos. Com certeza seu melhor desempenho. Já a expressão contida, seu jeito mais doce – Keira Knightley também merece méritos. Realmente ambas as atuações foram o ponto mais forte do filme.                            

O retrato da 2ª Guerra Mundial contou com uma fotografia razoável a direção também pouco ambiciosa não soube transmitir os sentimentos dos personagens dependendo muito da movimentação e posicionamento do elenco. A tudo isso a boa trilha sonora conta com o francês Alexandre Desplot (não tem bem quanto no ‘O Grande Hotel Budapeste), não deixa de ser apreciada.                                                            

O filme soube transmitir emoção principalmente com seu belo final narrando os últimos suspiros de gênio Alan Turing com sua trilha sonora fantástica. Merecido estar na corrida do Oscar assim como a brilhante interpretação do nosso ‘Shelock’ - Benedict Cumberbacht.


NOTA: 8,0




Nenhum comentário:

Postar um comentário