Diferente,
inteligente, fascinante. O nome da vez é Richard Linklater. Após 12 anos sendo
filmado entre os anos de 2002 e 2014 chega às telas ‘Boyhood – Da Infância e
Juventude’, em um trabalho marcante e inédito no cinema.
Após a trilogia
‘Antes do Amanhecer’ e o conhecido filme ‘A escola de Rock’. Linklater mostra
seu melhor trabalho até então. Durante os dozes anos, o diretor grava a trama
com os mesmos atores, utiliza cores de forma perfeita no crescimento do
personagem e consegue manter a história no mesmo ritmo ao longo dos 160
minutos.
Na trama, conta a história de um menino de oito anos até
ingressar na faculdade. Mason (Ellar Coltrane), filho de pais separados, vive
com sua mãe (Patricia Arquette) e sua irmã (Lorelei Linklater). Na esperança de
ver seu pai (Ethan Hawke) terá que lidar, não apenas com a separação, mas sim,
com a vida.
O filme relata
conflitos em casa, mudança de cidade, novas amizades, primeiro beijo, sexo,
alcoolismo, formatura... Mas não se volta apenas à vida de Mason, como também
de seus pais. Essa mudança dos personagens ao longo dos doze anos foi à chave
para grandes atuações.
Quem teve um
maior destaque foi Patricia Arquette. Soube expressar todas as emoções da vida
desde o momento de raiva, preocupação a alegria e euforia. Seguido de um bom
trabalho de Ethan Hawke e a aposta do mediano protagonista Ellar Coltrane. Outros
personagens deixam a desejar.
Agora começar
um filme tocando Yellow, da banda britânica Coldplay... Já sabe do que esperar
das musicas. Ao longo da trama vamos nos encantar com uma bela trilha sonora
muito bem encaixada em cada passagem do filme. Com um roteiro bem feito e
diferente, peca nos longos diálogos e cenas lentas que se tornam
irrelevantes.
Linklater fez
um trabalho sensacional, não deixando de perder o foco ao longo da história.
Não é porque o filme esta concorrendo à melhor filme e melhor diretor no Oscar
2015 e outras indicações. Mas, estou empolgado para ver sua próxima obra.
NOTA: 7,4
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