Estreias

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Crítica - 'Boyhood – Da Infância e Juventude'



        Diferente, inteligente, fascinante. O nome da vez é Richard Linklater. Após 12 anos sendo filmado entre os anos de 2002 e 2014 chega às telas ‘Boyhood – Da Infância e Juventude’, em um trabalho marcante e inédito no cinema.         

        Após a trilogia ‘Antes do Amanhecer’ e o conhecido filme ‘A escola de Rock’. Linklater mostra seu melhor trabalho até então. Durante os dozes anos, o diretor grava a trama com os mesmos atores, utiliza cores de forma perfeita no crescimento do personagem e consegue manter a história no mesmo ritmo ao longo dos 160 minutos.              
                           
         Na trama, conta a história de um menino de oito anos até ingressar na faculdade. Mason (Ellar Coltrane), filho de pais separados, vive com sua mãe (Patricia Arquette) e sua irmã (Lorelei Linklater). Na esperança de ver seu pai (Ethan Hawke) terá que lidar, não apenas com a separação, mas sim, com a vida.                                      

       O filme relata conflitos em casa, mudança de cidade, novas amizades, primeiro beijo, sexo, alcoolismo, formatura... Mas não se volta apenas à vida de Mason, como também de seus pais. Essa mudança dos personagens ao longo dos doze anos foi à chave para grandes atuações.                                                                             

       Quem teve um maior destaque foi Patricia Arquette. Soube expressar todas as emoções da vida desde o momento de raiva, preocupação a alegria e euforia. Seguido de um bom trabalho de Ethan Hawke e a aposta do mediano protagonista Ellar Coltrane. Outros personagens deixam a desejar.                                                                                       

        Agora começar um filme tocando Yellow, da banda britânica Coldplay... Já sabe do que esperar das musicas. Ao longo da trama vamos nos encantar com uma bela trilha sonora muito bem encaixada em cada passagem do filme. Com um roteiro bem feito e diferente, peca nos longos diálogos e cenas lentas que se tornam irrelevantes.         

       Linklater fez um trabalho sensacional, não deixando de perder o foco ao longo da história. Não é porque o filme esta concorrendo à melhor filme e melhor diretor no Oscar 2015 e outras indicações. Mas, estou empolgado para ver sua próxima obra.


NOTA: 7,4



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